FICHAMENTO Nº 01
VIERA,A.Funções e papéis da tecnologia.2004.9f.CURSO GESTÃO ESCOLAR E TECNOLOGIA, PUC-SP, São Paulo,2004.
Resumo:
O
texto levanta uma reflexão sobre como a tecnologia pode se tornar aliada da
gestão escolar na promoção de melhorias dos processos educacionais e aponta
caminhos para que esse objetivo seja atingido.
Inicialmente
apresenta alguns benéficos que a
tecnologia pode trazer ao processo educacional, quando essa é dominada e faz
parte da prática do professor. Aponta a necessidade de se ter clareza quanto às
distinções existentes entre dados, informações e conhecimento para o êxito do
trabalho com a tecnologia. Explica que para que a tecnologia se torne aliadas
dos gestores escolares faz-se necessário que a criação de um ambiente
tecnológico propicie o acesso e a fluência do conhecimento, seja através das
relações diretas entre as pessoas ou da análise das rotinas e procedimentos
vivenciados pela escola, considerando que a facilidade da implantação desse
ambiente é diretamente proporcional ao estado de cooperação existente na cultura
escolar. Além de apontar caminhos para o alcance desse objetivo, como: A
organização das informações; Projetos –piloto limitado a um ponto bem
determinado; Trabalhar simultaneamente tecnologia, organização e cultura ; Não
adiar estudos relacionados à aspectos problemáticos; Conquistar o envolvimento
de toda comunidade escolar. Finaliza fazendo uma síntese sobre os
ingredientes-chaves para implementação eficaz de Sistemas nas escolas (
alinhamento, comprometimento e domínio) e suas fases relevantes (criação do
contexto para TI, desenho de sistemas de Ti e instalação do sistema de TI que
vai ser utilizado.)
2)
Citações principais do texto:
“Sabemos
dos vários benefícios que a tecnologia pode gerar no trabalho pedagógico com o
aluno (...) Sabemos também que esse trabalho só se concretiza quando o
professor domina os conceitos e as práticas relacionadas com a tecnologia,
transpondo-os para o seu trabalho pedagógico e aplicando-os no cotidiano da
sala de aula. Mas o grande problema em foco da gestão escolar é saber como a
tecnologia pode se um grande aliado da equipe de direção (...)” (VIEIRA,2004,p.1).
“Conhecimento
não é dado nem informação, embora ambos estejam relacionados. A confusão entre
dado, informação e conhecimento gera enorme gastos de tempo e dinheiro em
projetos que nem sempre são adequados para uma certa instituição.” (VIEIRA,2004,p.1).
“As
ações criadoras de conhecimento(...) são realizadas por seres humanos,
individualmente e nas interações que eles estabelecem com os demais.(...)
existe uma outra possibilidade para a obtenção de conhecimento aplicado nas
organizações escolares, que é o estudo e a análise de suas rotinas.”(VIEIRA,2004,
p. 4).
“A criação
de um ambiente informatizado, que tenha como objetivo gerenciar dados e
informações para permitir a criação e melhoria de conhecimento sobre os
processos da escolar requer de nossa parte ,muito bom senso. Há pontos
importantes que poderão nos ajudar a decidir a respeito de projetos dessa
natureza(...)” (VIEIRA,2004,p.5).
“Quando
um sistema é implementado em culturas organizacionais previamente estabelecidas,
a forma pela qual as informações são organizadas e produzidas interage com a
cultura já existente, criando situações que resultam em sintonia e reforço ou
em dissonância e oposição. Tudo isso aponta para a necessidade de clareza e coesão da equipe sobre
os objetivos pretendidos pela organização.” (VIEIRA,2004,p.8).
3) Comentário:
Em
consonância com o autor comprova-se que para que o uso efetivo das TIC nas escolas
contribua na melhoria da qualidade de ensino e na produção de conhecimento se
faz necessário não apenas a aquisição de diversos recursos tecnológicos ou do
domínio do uso desses recursos, mas que também se tenha, quanto aos objetivos
da implementação, clareza, coesão e articulação com a cultura escolar. A implementação das TIC e seus objetivos
serão melhores definidos e discutidos dentro de um ambiente de participação
coletiva, colaborativa, o que poderá ser proporcionado por uma Equipe gestora
democrática e ciente de seu papel.
FICHAMENTO
Nº 02
Assunto:
Gestão de tecnologia na escola
ALMEIDA,
M. Gestão de tecnologia na escola. Série “Tecnologia e Educação: novos tempos,
outros rumos” – Programa Salto para o Futuro, p. 1-11, Setembro, 2002.
Disponível em:<http://www.tvebrasil.com.br/salto>
Resumo:
A
autora, inicialmente, elenca as diversas mudanças que podem ser promovidas pelo
uso das TIC na escola, segue o texto apontando caminhos que podem levar a
escola de hoje a se transformar em um espaço que se articule e produza
conhecimentos, aberto a comunidade e integrada ao mundo, como a formação
continuada e em serviço tanto do professor como dos dirigentes escolares, na
perspectiva de uma articulação entre a realidade da escola com o domínio dos
recursos tecnológicos e a prática administrativa e pedagógica da escola.
Enfatiza principalmente, a necessidade da preparação dos dirigentes escolares
para o uso das TIC, visto que estes são lideranças da Instituição e gestores do
Projeto político- pedagógico da escola, portanto responsáveis pela incorporação
das TIC em todo o ambiente escolar. Finaliza citando como os ambientes virtuais,
disponibilizados em cursos de formações oferecidos pelo Proinfo em parceria com
universidades e secretarias estaduais de educação, vem contribuindo e
favorecendo a aprendizagem dos educadores cursistas em consonância com a sua
realidade e prática escolar.
2)
Citações principais do texto:
“
(...) o uso das tecnologias de informação e comunicação – TIC na escola,
principalmente com o acesso à internet(2), contribui para expandir o acesso à
informação atualizada e, principalmente, para promover a criação de comunidades
colaborativas que privilegiam a comunicação; permitem estabelecer novas
relações com o saber que ultrapassam os limites dos materiais instrucionais
tradicionais e rompem os muros da escola,(...). Criam possibilidades de
redimensionar o espaço escolar,(...)”(ALMEIDA,2002,p.01).
“ O
fator primordial para a criação de comunidades e culturas colaborativas de
aprendizagem, intercâmbio e colaboração é a qualidade da interação, quer presencial
ou a distância, cuja criação poderá viabilizar-se a partir da formação
continuada e em serviço do educador. Nessa formação, cujo eixo articula a
realidade da escola com o domínio dos recursos tecnológicos e com a prática
pedagógica com as TIC(...)” (ALMEIDA,2002,p.02).
“ A
par disso, observa-se a disponibilidade de ambientes virtuais para a formação e
a criação de comunidades colaborativas que apresentam um forte potencial para
aglutinar recursos tecnológicos, especialistas, formadores e educadores em
torno de atividades que permitam trilhar novos caminhos na formação continuada
a distância, baseada em um trabalho contextualizado na realidade da escola, sem
afastar de seu contexto de atuação o educador em formação.” (ALMEIDA,2002,p.06).
3)
Comentários:
Com
a abordagem do texto percebe-se como o uso das TIC pode favorecer o
redimensionamento do espaço escolar, possibilitando maior interação e
comunicação entre os membros da comunidade escolar, agilizando o fluxo de
informações e troca de experiências, contribuindo para o desenvolvimento de
projetos inovadores tanto no âmbito administrativo como pedagógico e
proporcionando um ensino colaborativo. Observa-se também como a formação dos
profissionais de educação, realizada através da disponibilidade de ambientes
virtuais de aprendizagem, onde a rotina de aprendizagem oferecida pelos cursos
propiciam a articulação entre a exploração de ambiente virtuais e a elaboração de projetos de gestão da TIC
de acordo com a realidade e a problemática da Instituição, ou seja aprender
fazendo para fazer, contribui para a
inserção efetiva das TIC na escola, principalmente a formação destinada aos
dirigentes escolares.
4)
Questionamentos:
É
constatado que o investimento na formação dos profissionais de educação em
cursos que priorizam a formação em serviço, de forma contextualizada e com a
prática pedagógica e administrativa contribui para criar na escolar um espaço
de articulação e produção de conhecimento aberto à comunidade e integrado ao
mundo, porém como motivar e despertar o interesse dos profissionais acomodados
em suas concepções e práticas tradicionais, resistentes à mudanças e
desarticulados de um trabalho coletivo, para a busca dessa formação?
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